Você precisa conhecer e provar os vinhos da Campanha Gaúcha

Finalmente acabei juntando as peças quando participei do evento promovido pela Associação Vinhos da Campanha, onde pude saber mais sobre proposta da entidade e também conhecer de perto alguns desses bravos que produzem vinhos muito interessantes no extremo Sul do Brasil.

Fazem parte desse grupo 11 vinícolas:

Batalha Vinhas & Vinhos (Candiota/RS)
Bodega Sossego (Uruguaiana/RS)
Bueno Wines (Candiota/RS)
Campos de Clima (Itaqui/RS)
Cordilheira de Santana (Santana do Livramento/RS)
Dunamis Vinhos (Dom Pedrito/RS)
Estância Paraizo (Bagé/RS)
Guatambu - Estância do Vinho (Dom Pedrito/RS)
Peruzzo (Bagé/RS)
Routhier & Darricarrerè (Rosário do Sul/RS)
Vinhetica (Dom Pedrito/RS)

Durante o evento, pude conversar com eles enquanto provava seus vinhos. Em sua grande maioria, a produção é pequena feita com uvas de vinhedos próprios. Alguns destes vinhedos ainda são jovens, 10 a 15 anos de idade, mas com grande potencial. A amplitude térmica é uma das grandes vantagens da região na produção de uvas para vinhos finos. Essa característica aliada ao clima, possibilita a produção de uvas mais maduras que consequentemente produzem vinhos estruturados e potentes.

Entre os velhos conhecidos, provei novamente o ótimo Paralelo 31 da Bueno Wines, um vinho austero feito pelo Galvão Bueno e os vinhos leves e elegantes da Dunamis, como o delicioso e fresco Dunamis Pinot Grigio que acabou de sair dos tanques para a garrafa. Voltei a provar também os excepcionais vinhos da Vinhetica, com estilo francês, feitos pelo enólogo francês Gaspar Desurmont. O Terroir de Rosé claramente inspirado nos rosés da região da Provence e o Terroir de Rouge, um tinto leve de taninos finos, feito de cabernet sauvignon e arinarnoa, que pode ser bebido até um pouco mais frio.

Outro impossível de não notar é o Routhier & Darricarrère e seu famoso "vinho da Kombi", por causa de seu rótulo diferenciado. Desta vez provei o Salamanca do Jarau Cabernet Sauvignon de baixíssima produção. É elaborado apenas com leveduras indígenas e seus aromas de couro, tabaco, frutas vermelhas e notas de especiarias, lembram os vinhos da região de Bordeaux na França. A Cordilheira de Santana eu também já conhecia pelo seu belo chardonnay, mas me surpreendi com seu cabernet sauvignon e tannat, ambos 2005. Segundo Gladistão Omizzolo e Rosana Wagner, proprietários da vinícola, eles guardam o vinho durante 10 anos para entregar ao consumidor um produto pronto para beber. Os vinhos estão evoluídos, macios e elegantes, tudo isso por menos de 60 reais, um ótimo preço.

Os meus novos conhecidos e que já virei fã destaco o Espumante Guatambu Rosé Brut, feito do exótico corte de 80% de gewurztraminer e 20% de pinot noir, que exala morangos frescos além da ótima acidez. À o Épico é mais moderno, denso, para os que gostam dos tintos encorpados. Gostei bastante também do Batalha Tannat, que tem uma pequena parcela de merlot em sua composição, que deixa o vinho muito macio, equilibrado e fácil de beber. Ainda provei vários outros bons vinhos, mas recomendo que você faça como eu e procure saber mais sobre esta região e todo seu potencial, mais ainda, convido você a provar a Campanha Gaúcha através de seus vinhos.

Fonte: http://www.diariodebaco.com.br/2015/06/voce-precisa-conhecer-e-provar-os-vinhos-da-campanha-gaucha/